Dei de cara com ele agora apouco enquanto rasgava o coração com o amig dos amigos "ocara". Esse cara sou , rsrs.
Bom, não sei porque , só sei que preciso ter esse texto armezanado aqui para mim.
Esse texto é desse site aqui
http://www.entendaoshomens.com.br/eles-ja-sabiam/
Eles já sabiam
Publicado em 15 de fevereiro de
2013 por Léo Luz
Algumas pessoas têm isso. De alguma maneira elas sentem quando – mesmo
sem nenhuma indicação palpável – aquele pessoa vai acabar nos seus braços, cedo
ou tarde. E naquela noite ambos sentiram isso. Não houve nenhum toque mais
íntimo, nem um abraço sequer. Não houve palavras ao pé do ouvido, não houve
dança juntos nem beijinho no canto da boca. Eles simplesmente sabiam. Só houve
alguns poucos olhares. Que foram o suficiente, afinal, eles já sabiam mesmo.
Mas nesse dia, algumas intempéries evitaram que aquele fosse o dia. Os olhares
continuaram até ele ir embora, antes dela. E eles se despediram sem medo, sem
pressa, sem arrependimento, afinal, eles sabiam.
Alguns dias depois se falaram pela Internet. Em poucos minutos um
descobriu que o outro também sabia. E assim, pela Internet, sem nem se ver,
eles já sabiam – e dessa vez até combinaram – que seriam um do outro. Nesse
mesmo dia ele saiu com as amigas dela. Amigas em comum. Ele insistiu para que
ela fosse, mas uma forte tosse parecia querer adiar de qualquer maneira o
encontro. E ela não foi. Ele foi, e trocou mensagens com ela a noite toda.
Mensagens melosas, já em tom de namoro. Mas ainda nem sequer tinham se beijado.
Só haviam se encontrado duas vezes, em duas boates. Poderia ser até que nem se
reconhecessem durante o dia. Mas isso não importava, eles sabiam.
Se falaram longamente também no dia seguinte – ainda impedidos de ser
ver, menos por causa da tosse do que pela vaidade dela em não deixá-lo vê-la
daquele jeito. Conversaram ao telefone, na Internet, mensagens. Não que ainda
precisassem de mais palavras, mas se ele falavam e se falavam. Na segunda
feira, enfim, se encontraram. Na casa dela. Se encontraram, conversaram
banalidades e essas coisas. Não tinham pressa, eles sabiam. Num momento desses
meio transcendentais que a gente nunca admite que acontece, ela, de repente,
parou o que fazia e o fitou. Ele a olhava. E, sem dizer mais uma palavra, se
beijaram. E esse ato se repetiu, com apenas um dia de ausência, durante
vinte e dois dias. Sete dias depois estavam namorando, e hoje, parece que estão
juntos há anos. Um é tudo o que o outro precisava. Houve contratempos, claro.
Algumas coisas no passado dela se fizeram de difícil digestão pelo machismo
retrógrado, conservador e orgulhoso dele. Da parte dela, foi difícil, depois de
uma desilusão das piores, admitir que havia novamente encontrado o amor. Ou
sido encontrada por ele.
Mas ele mandou o machismo às favas, e ela – me desculpem o termo,
mas não há outro mais apropriado – mandou a prudência e o receio para a puta
que pariu. E ficaram juntos. E estão até agora. E, pelo jeito que a coisa vai,
passando por cima de todas as pedras no caminho, pedras essas que não foram
poucas. Mas eles passaram por elas, e, há poucos minutos atrás, namoravam feito
adolescentes e agora, alguns instantes depois, já estão morrendo de saudades,
falando no diminutivo e que nem criança. Mas tudo isso só serviu pra confirmar
o que, repetindo o motim desse texto, eles já sabiam desde o início.
"v0cê pode ser uma pessoa super charmosa, educada ou inteligente, mas se a
outra pessoa não for equivalente não irá perceber o quão valiosa você
é"
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